segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

REJEITANDO A REJEIÇÃO


 Aprendi com um grande mestre, que achar que a humanidade é simples “é uma preguiça de pensar, pois a humanidade é complexa”, o mesmo que me ensinou e resgatou-me, sendo de fora do círculo, que “candomblé é família”, outro mestre me insistiu na importância dos sonhos e outros muitos mais, porém a minha rebeldia não me permitia escuta-los, muito menos quem me disse algo IGUAL muito antes, e outros mais que me disseram algo antes ainda mais destes.
Uma rebeldia sem fim, que se torna insuportavelmente, um problema à sustentar, cansativo esta guerra, eu mesmo contra o mundo, tantas provas acumuladas, inegavelmente, a natureza de resposta, na mesma intensidade da rebeldia, havia uma força persistente em demover-me da minha posição, de ser tão insistentemente rejeitiva (com perdão da palavra), obviamente que isso é resultado de uma complexidade de coisas, já mais do que refletida/dita, porém revoltosamente rebatida, debatida.



Contudo é com a felicidade de quem aceita a aceitação, o surgimento da fé, dentro das inúmeras e incansáveis respostas dadas e rejeitadas, do mais incrédulos dos seres, aceito o desígnio, aceito o que tornou-se labirinto, não só mais linhas tortas.


O estopim disto é a sincronia disto é um sonho, que poderia ser O SONHO, mas é um entre vários sonhos e o alinhamento disto é irrefutável, como quem diz “quer que eu desenhe, então desenho”, supera a incredulidade e derruba qualquer nível de casualidade, contudo nada dessa rejeição e negação se faz no vazio.


Se faz num terreno fértil para as consequências de um racismo estrutural que anula, nega, invalida, despontencializa, desumaniza, isola, desconfigura, tolhe, censura, escraviza, resume, culpabiliza e outros mais, sentir cada uma dessas posições não é somente jogos de palavras é uma complexidade, é preciso respeitar, jamais abandonar.


Agora!? Respirar, respeitar, aceitar e seguir... alimentando a alma com a certeza de que não estamos só, seguindo em frente rumo aquilo que deve ser e se revela a cada passo que damos! Então vamos seguir.... Quem entendeu entenderá, caso contra é só perguntar! Chega de negar vamos afirmar...



terça-feira, 18 de outubro de 2016

Adiante


Mesmo não estando em terra alheia, acredito, piso devagar,

Pois, longe deste ser é querer, prever e pisar nos sonhos alheios,

Sequer, tenho direito de pedir reciprocidade,


De verdade, parceiro é o tempo, que coloca, à sua natureza, tudo no devido lugar,

Enquanto isso continuo, em um humilde compasso,

A tudo captando e agora querendo captar bem e mais,

Porém atento, para à visão, não torna-se ilusão,

Pode até ser alusão, com cautela e à responsabilidade,

Do Freud, abstenção, mas não mais à farsa e não falsa ingenuidade;


Foi uma noite de prantos, de tal modo que a fonte, ainda, não secou,

Nem há de secar!? Houve assimilação!? Ou acomodação!?

Mas a ingenuidade há de não voltar...

Reflexão Permanente

Pode, aqueles que possui a subjetividade formulada na/pela subalternidade existir, se impor, confrontar, interagir e agir, num falso mundo de igualdade, onde se esconde os direitos, nas entrelinhas, com a convicta certeza, de que os subalternos não possuem saúde para ler?

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Destino...

Por que este sentimento de grandeza pulsa na alma, quando a certeza encaminha rumo a mediocridade própria e óbvia?

O que falta para transcender, encontrar o passo e assim seguir um compasso próprio e natural, rumo a tal, suposta, sensação desta vida?

Está sensação seria nada mais que uma fuga, para não admissão, do ser pequenez que tem seu brio e valor, porém incomparável ao desejo, o qual se mete a besta em querer ser o que não é?

Dói a alma, adoece o espírito está dúvida e está é a provável prova de alguma opção?

Entremeios, hoje compreendo tempo de uma forma tão descompassado, que não se limita ao aquém das dúvidas, das possibilidades ou impossibilidades, ele que torna dias em anos e horas em milésimos de segundos, este devo tornar meu aliado, pois é um trunfo!

Talvez o que me falte é metrica, fontes, técnica ou ainda vida, o que sei é que está falta me atormenta, me consome como uma obrigação não paga, como uma missão de odé não conquistada.

O que busco é equilíbrio e a paz, os quais trazem em si conflitos e guerras, e o que abomino é a mentira. Es que sinto residir neste caminho a chave para a sabedoria, cuja é resposta para a minha natureza, meu axé, minha vida.

terça-feira, 15 de março de 2011

Solo sagrado

 
Quando aos pés vou, encontro possíveis respostas,
Em verdade questões, as quais com a forca do tempo,
Apresentam-se como notórias resoluções,
Ainda temendo, na insegurança,
Que me assegura, um ponto de vista privilegiado,
Sigo enxergado, ouvindo, sentido, morrendo e renascendo,

A cada raio do sol,
A cada nova perspectiva,
A cada giro do mundo,
A cada redescoberta,

Relembro, corrijo e vivo,
Agradeçendo e agradeço!
Clamo paz, força e amor,
Tenho mudanças, desafios e decisões.

No agora entendo, o fruto cair à seu tempo,
No agora entendo, não haver paz sem guerra,
No agora entendo, não haver morte sem vida,
No agora entendo, não haver beleza sem ternura,

Então, se ainda caminho, mesmo que em estrada outra,
Se em verdade, guardo na alma a memoria da vida,
As promessas, os segredos, as lições
Qual o crime que atentei aos que amo?



Sinto o tempo, ele há de mostrar!




Tal afirmação, consola, fazendo seguir em frente,
Fechado meus olhos, ofertando a cabeça,
Para aqueles, que vou aos pés, reverenciar a força e sabedoria,
Aprendendo a cada inspiração e expressando a da expiração,
De coração e alma limpa, sigo com meu fardo,
Porém sorrindo, sonhando e amando!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Encontro

Sem luzes humanas, nem chama de vela,
Somente banhado pela essência estrelar e a emanação lunar,
Abaixo desta configuração rudimentar,
Reinou no barro mortal, em solo sagrado,
Uma verdade velada, ansiada, conclamada,
Revelou-se num esplendoroso bailar,
Juram, que o viram a dançar,
O que vi, foi um guerreiro a guerreia,
Purificando, consagrando, cuidando,
Honrosamente presente a emanar,
Transmitia sem palavras, com os passos e compassos
Suas historias, com uma incomparável compreensão,
Fazendo um eco, o qual conduzindo o tempo e o espaço,
Por instantes nada mais havia além, muito menos aquém,
Era fato, algo incontestável o que o ser noviço captava,
Assim a verdade dançou, guerreou, saudou,
Regeu o baquete, se revelou e ensinou.


Que a herança jaz em cada partícula do ser,
Por tal, faz necessario ir ao encontro da desconstrução,
Permitir-se renascer sobre o mesmo céu,
Daqueles que ansiamos, sonhamos, amamos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O ponto


Caminhando, clamando, conclamando
Fez o sangue pulsar, ferver, eclodir
Então vi, observei, atentei, analisei, resisti
Mas enfim segui, temendo, gemendo, chorando, sorrindo.
Porém, sedento, muito menos confuso.
Entretanto, ainda não tão contundente...
Com uma estranha satisfação de um encontro.
Demasiadamente assustador,
Sem saber, formalizaria a queda, a solidão, a rejeição.
O qual precipitava algo, aquém e além de uma ilusão.
Voltar ao ponto zero, onde nada é e resta tão somente o instinto.
Reagindo ao medo e provando a vida,
Fazendo transborda vontade de viver, de conquistar, de sonhar, de ser e vencer.
Tudo isto, algo muito familiar!

Evoquei a maldição, que veio como um raio!
Chocando o barro mortal, gerando uma breve paralisação...
Desta vez, não vieram lágrimas, mas uma carga de 25 anos e varias vidas,
O que fiz!? Suspirei e escrevi, não com lápis ou giz,
E sim! Com o diamante, rasgando a carne,
Senti cada letra, que formou palavras e então surgiram frases,
Que somente eu vi, não por eleição, mas por escolha.
Com o sagrado/profano direito de uma alma livre!

Então!?

Caminhando, clamando, conclamando!
O sangue pulsa, ferve, eclodi...
Vejo, observo, atento, analiso, sigo
Desejando, conquistando, me erguendo,
Ofertando a cabeça, aprendo a confiar no agora!
Pois é tão somente isto que hoje sei....