terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Encontro

Sem luzes humanas, nem chama de vela,
Somente banhado pela essência estrelar e a emanação lunar,
Abaixo desta configuração rudimentar,
Reinou no barro mortal, em solo sagrado,
Uma verdade velada, ansiada, conclamada,
Revelou-se num esplendoroso bailar,
Juram, que o viram a dançar,
O que vi, foi um guerreiro a guerreia,
Purificando, consagrando, cuidando,
Honrosamente presente a emanar,
Transmitia sem palavras, com os passos e compassos
Suas historias, com uma incomparável compreensão,
Fazendo um eco, o qual conduzindo o tempo e o espaço,
Por instantes nada mais havia além, muito menos aquém,
Era fato, algo incontestável o que o ser noviço captava,
Assim a verdade dançou, guerreou, saudou,
Regeu o baquete, se revelou e ensinou.


Que a herança jaz em cada partícula do ser,
Por tal, faz necessario ir ao encontro da desconstrução,
Permitir-se renascer sobre o mesmo céu,
Daqueles que ansiamos, sonhamos, amamos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O ponto


Caminhando, clamando, conclamando
Fez o sangue pulsar, ferver, eclodir
Então vi, observei, atentei, analisei, resisti
Mas enfim segui, temendo, gemendo, chorando, sorrindo.
Porém, sedento, muito menos confuso.
Entretanto, ainda não tão contundente...
Com uma estranha satisfação de um encontro.
Demasiadamente assustador,
Sem saber, formalizaria a queda, a solidão, a rejeição.
O qual precipitava algo, aquém e além de uma ilusão.
Voltar ao ponto zero, onde nada é e resta tão somente o instinto.
Reagindo ao medo e provando a vida,
Fazendo transborda vontade de viver, de conquistar, de sonhar, de ser e vencer.
Tudo isto, algo muito familiar!

Evoquei a maldição, que veio como um raio!
Chocando o barro mortal, gerando uma breve paralisação...
Desta vez, não vieram lágrimas, mas uma carga de 25 anos e varias vidas,
O que fiz!? Suspirei e escrevi, não com lápis ou giz,
E sim! Com o diamante, rasgando a carne,
Senti cada letra, que formou palavras e então surgiram frases,
Que somente eu vi, não por eleição, mas por escolha.
Com o sagrado/profano direito de uma alma livre!

Então!?

Caminhando, clamando, conclamando!
O sangue pulsa, ferve, eclodi...
Vejo, observo, atento, analiso, sigo
Desejando, conquistando, me erguendo,
Ofertando a cabeça, aprendo a confiar no agora!
Pois é tão somente isto que hoje sei....