domingo, 10 de janeiro de 2010

Enfim
Familiar odor entorpece o ar
Sutilmente perceptível desencadeando fatos
Que consumam em atos perceptivelmente claros
A ciência e a consciência

Dentre meios desta fracionaria historia
Reflexão em tempo e espaço,
Mas não tão somente só
Recordação exata e transportadora
Carregado de existência
Carregado de sensação
Carregado de vida que habita a esperança

O pueril se re-configura
Num obstante quase surreal
Lagrimas, dor, sorriso e amor
Romances, prelúdios, dramas desta quase trágica comedia

Efeito dominado por...
Efeito condicionado por...
Efeito sancionado por...

Nos segundos que passam firmando cada pausa, entre pausa e ação.
Quem ousa ousar, quem teme o temer, quem sabe o saber
Deliciar-se dos venenos viciosos tal qual as verdades?
Verdades demarcadoras de possibilidades

Revejo sorrisos que desvelam a esperança
Dão reencontro, dão ilusão, dão conforto...
Mas que guardam em si alimento para tal mundo

Destino

Tão somente só, longamente vago, tristemente imperceptível
Mais sempre prosseguindo, reconhecendo e re-pegando
Palavras engasgadas, abafadas e distorcidas
Temo os hipócritas, temo a igualdade ilusória, temo ser isto tão somente
Negar o que ter, suplicar um porque...
Palavras sopradas aos ventos d’alma viva de coração inato
Confiar em instintos, vero simel uno
Alma pouca, mundo pouco
Sem palavras tento entender
Sem noção almejo no aquém o além
Vigorando um somente um
Que revolta-se por rever o abismo estonteante
Detalhes que infringem somente o eu e o você
Ordem para outorgar um só si
Que ama e sabe amar
Mas almas afins por fim que sempre há de retornar
Sem partidas, sem duvidas, sem separação
Vivenciar o sim e o não
Mas somente para sentir seus sentidos
Saber o teu saber unificando-o em um
Mas pelo mesmo juro, que me fez te rever
Protejo o meu não,
Se entorpecido for, então nada vale
Es o julgo sendo assim nem a mim nem em você
Somente o vazio
Trauma

Cenário dês-configurado d’alma retrospectivamente vivente
De uma escravatura familiar, seio da épica e climatizada batalha
De oposições modeladoras das mais tristes certezas
Que teimas aos céus conclamar hordas de demônios
A fim do fantástico derradeiro sub-julgamento

Segundos, relembram o fato em si mesmo
Em beldade pura que os olhos nos olhos revelam
O reflexo vem e alude a verdade temida
Numa propulsão tal qual equivalente a luz
Nervos transpassam a lógica produzindo rotas de fuga
Re-configurando em tempo espaço ao épico cenário inicial

Fraquejar sentenciador do retrocesso certo

Entre montanhas e estrelas Andarilho do tempo
Cuja força advém do medo encravado
Cavalga nos ventos perpetuando embates, combates

Coração persistente, temor é a irrealização

Com os pés no centro do mundo
Escava solo contaminado, irradiado
Cambaleando, suspirando e erguendo-se
Em vontade fujas, sagas, determinadora
Cuja o épico instante é implosão da estrela
Antologias permissíveis do todo destruição e tudo absorção
Inércia momentaneamente desvela quebras-cabeças,
Dissolução das equações, refração das horas, cosmização e o caos
Surge o flamejante coração do dragão

Um suspiro, o primeiro choro anuncia à possível reconfiguração
O reconhecimento do brilho flamejante das estrelas.

Admirar o espelho acima de mim, reflexão verdadeiramente real
Quanto mais distante mais admirável, quanto mais próximo mais rejeitado
Mesmo não sendo indivisível, consegue se transformar e por vezes se individuar
Tal qual que nem a mim mesmo posso suportar, aceitar, totalizar
Como parte de um principio quando a mim mesmo refletido vi
E ali simploriamente deixei-me conduzir entre verdades e mentiras
Ao que me distanciou deste principio que tudo pode,
Negar o que sou, o eu sou, negar natureza nata e inata
Exatamente na potencia latente de um verdadeiro sim,

Xango, Oxala, Putrefará Face da Morte à natural justiça sabia...

Meu fardo, meu sublime deleite,
Ver tão distante fagulha d’alma bipartida
Que ouso ordenar retornar a fonte primaria
Fundir, coagular, refletir,
Ser instante dos instantes minha transpiração de natural justiça sabia e sabia justiça natural.
Ser meu nome teu chamado, teu nome, teu sim, tua única verdade
Despertou a latência, potência, divina e maldita alma...
A flama escarlate e o flamejante coração das estrelas
Sou e somente sou, aquele cujo os corações vêem no espelho dos desejos,
Sonhos e pesadelos mais sou além disso, a pronuncia temida.
Qual tão tem que ser a forma?
As almas detêm o dever da resposta,
Jamais negar a si mesmo e o espelho refletirá a verdade ou a mentira.

Reivindico a mim mesmo neste pacto de um

Num choro eminente, transcendente, mostra-se à vida
De onde vem está força que te elevas aos céus?
E assim, possível transformar o barro mortal o barro vermelho.
Ouço soluçante o sorriso à alegria pura e somente pura
Mas si além visualizo, e, com peso e medida sinto
Com a mesma pureza, logo então, derramo uma lagrima!

E seguir é refazer percursos subscrever-se em prováveis dores e decepções
Qual de mim ira provar, esmaecer, ganhar ou ludibriar-se
Nesta luta de gigantes? Confrontar ou debandar?
É atemporal batalha épica...
Trazendo a carga das gerações que revelam raiz

Neste efeito caótico determina-se ordem
Onde encontra-se espelho negro da alma?
Reflexo do mim mesmo e do alem mim...
Portal adormecido, enegrecido, separado, isolado e belo
Ressurgir das cinzas, transcender o homem de barro
Dentro do enegrecido limiar do tudo
Há vontade escarlate que escoa do sangrado centro do mundo
O despertar da Besta,
Beleza e Força

Forjador da vida Tubal-caim
Portais que escoam as raças
Serás compreendido
Reconhecer-me-ei
Sentindo o fluxo nas veias d’alma
Superar, transmutar, forjar
De sangue, suor e saliva
Dom e direito
Para as esquinas


O transgressor reina em mundos
Caminha o destino firmando as pegadas
Deixando o rastro das origens
Talhando caminhos indo ao profundo
Em boa sonoridade cada verdade tem seu tom...

Marcar é dar forma ao existir,
Advir verdades por trás de verdades
Abala as esferas, declara seu desejo sombrio
Irradiação demarcadora de vibrações à existir.


Os sentidos são potentes e potencias,
Assim o véu se descortina,
Com o domínio há de ser.
Tal qual é a força do sol, que atrai, movimenta vida e tudo finda com a morte

Ainda assim ouso sentir e saber o que sou em mim,
A imortalidade é direito a quem conquista

Sem níveis, sem graus, sem tempo e espaço em distinção,
Es tão vivo quanto o presente momento de quem o vê e escuta...
Que é carne, sangue é desejo no mais intenso do êxtase
De mim pra ti o mais precioso e belo de tudo que tenho.
O néctar das possibilidades.