terça-feira, 15 de março de 2011

Solo sagrado

 
Quando aos pés vou, encontro possíveis respostas,
Em verdade questões, as quais com a forca do tempo,
Apresentam-se como notórias resoluções,
Ainda temendo, na insegurança,
Que me assegura, um ponto de vista privilegiado,
Sigo enxergado, ouvindo, sentido, morrendo e renascendo,

A cada raio do sol,
A cada nova perspectiva,
A cada giro do mundo,
A cada redescoberta,

Relembro, corrijo e vivo,
Agradeçendo e agradeço!
Clamo paz, força e amor,
Tenho mudanças, desafios e decisões.

No agora entendo, o fruto cair à seu tempo,
No agora entendo, não haver paz sem guerra,
No agora entendo, não haver morte sem vida,
No agora entendo, não haver beleza sem ternura,

Então, se ainda caminho, mesmo que em estrada outra,
Se em verdade, guardo na alma a memoria da vida,
As promessas, os segredos, as lições
Qual o crime que atentei aos que amo?



Sinto o tempo, ele há de mostrar!




Tal afirmação, consola, fazendo seguir em frente,
Fechado meus olhos, ofertando a cabeça,
Para aqueles, que vou aos pés, reverenciar a força e sabedoria,
Aprendendo a cada inspiração e expressando a da expiração,
De coração e alma limpa, sigo com meu fardo,
Porém sorrindo, sonhando e amando!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Encontro

Sem luzes humanas, nem chama de vela,
Somente banhado pela essência estrelar e a emanação lunar,
Abaixo desta configuração rudimentar,
Reinou no barro mortal, em solo sagrado,
Uma verdade velada, ansiada, conclamada,
Revelou-se num esplendoroso bailar,
Juram, que o viram a dançar,
O que vi, foi um guerreiro a guerreia,
Purificando, consagrando, cuidando,
Honrosamente presente a emanar,
Transmitia sem palavras, com os passos e compassos
Suas historias, com uma incomparável compreensão,
Fazendo um eco, o qual conduzindo o tempo e o espaço,
Por instantes nada mais havia além, muito menos aquém,
Era fato, algo incontestável o que o ser noviço captava,
Assim a verdade dançou, guerreou, saudou,
Regeu o baquete, se revelou e ensinou.


Que a herança jaz em cada partícula do ser,
Por tal, faz necessario ir ao encontro da desconstrução,
Permitir-se renascer sobre o mesmo céu,
Daqueles que ansiamos, sonhamos, amamos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O ponto


Caminhando, clamando, conclamando
Fez o sangue pulsar, ferver, eclodir
Então vi, observei, atentei, analisei, resisti
Mas enfim segui, temendo, gemendo, chorando, sorrindo.
Porém, sedento, muito menos confuso.
Entretanto, ainda não tão contundente...
Com uma estranha satisfação de um encontro.
Demasiadamente assustador,
Sem saber, formalizaria a queda, a solidão, a rejeição.
O qual precipitava algo, aquém e além de uma ilusão.
Voltar ao ponto zero, onde nada é e resta tão somente o instinto.
Reagindo ao medo e provando a vida,
Fazendo transborda vontade de viver, de conquistar, de sonhar, de ser e vencer.
Tudo isto, algo muito familiar!

Evoquei a maldição, que veio como um raio!
Chocando o barro mortal, gerando uma breve paralisação...
Desta vez, não vieram lágrimas, mas uma carga de 25 anos e varias vidas,
O que fiz!? Suspirei e escrevi, não com lápis ou giz,
E sim! Com o diamante, rasgando a carne,
Senti cada letra, que formou palavras e então surgiram frases,
Que somente eu vi, não por eleição, mas por escolha.
Com o sagrado/profano direito de uma alma livre!

Então!?

Caminhando, clamando, conclamando!
O sangue pulsa, ferve, eclodi...
Vejo, observo, atento, analiso, sigo
Desejando, conquistando, me erguendo,
Ofertando a cabeça, aprendo a confiar no agora!
Pois é tão somente isto que hoje sei....

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Retorno

Muito a saber, muito a descobrir
Mas há incógnitas, as quais anseiam respostas
Para suavizar, para identificar, para solucionar
Seja lá o que!

Nada sei, grande amigo giro da vida
Tudo posso ao raia do sol, grande filho e pai
Adoro, o cafuné sincero do destino!

Com tudo aos olhos
Como não sorrir!? Como não lutar!? Como não sonhar!?

Sei no agora, o que enfraquece a força,
Sei no agora, pelo que ofereço as costas,
Sei no agora, que no amanhã nada saberei.

Somente assim caminhando, colocar-me-ei a prova
Mas que prova!? Talvez aquela que criamos,
Para fechar os olhos para o fato, resposta obvia demais para aceitar

E se a resposta for não, o que fará?
E Se a resposta for sim, o que fará?

Não sei no agora, talvez não saberei na hora
Só sei que a bem de quem sou/ serei
Temos que continuar

Mas temo em questionar na inquietude d’alma, a solidão
Algo que aparenta ser tão inerente, independente de quase onde
Afinal meu sorriso é o sinal,
A falta de totalidade ainda é medo ou descrença?
Algum dia há de sessar tão realidade?

Duvida perene que espera resposta...

domingo, 9 de janeiro de 2011

Pan-Anima

 
Sem conseguir dormir, rolando em meios aos pensamentos, percebi a realidade cuja a qual confrontará, percebi que o sonho, que preenche a alma, entorpece o espirito e dá sentido a criação, tinha um obstáculo e é o medo. Mas foi pensando que surgiram questionamentos, para os quais ensaiaram-se respostas.


O homem é uma força existencial com o proposito de viver em plenitude, ao encontro de satisfazer suas vontades, entremeios dessa simples missão, fatores divergem tornando algo sublime em ambição, ira, ódio, guerra e destruição. Porém ainda assim, ou por tal, existem aqueles que desejam a ordem natural da criação, o saciar da alma, o amar em plenitude como uma só família, para isso buscam a sabedoria, semeada por seus ancestrais, contida em seu sangue, o qual fornece a inspiração para construir mundos com aspirações de continuidade em meio à mudança das eras. Mas ainda assim, estes mundos parecem terem sido criados para viverem separados, individuais, pois ao primeiro contato com outros mundos, surge o medo então à ambição, ira, ódio, guerra e destruição.


Entretanto no sonho da humanidade há totalidade do espirito, busca-se a unificação das raças e a única verdade é tornar-se completo. É para este sonho que desperto, com o intuito de apresentar os caminhos para outras almas se erguerem, contemplarem-se e completarem-se. Compartilhar a sabedoria, tendo em vista as variadas manifestações dos processos a enfrentar, tendo como axioma edificador “o que uni as pessoas e seus caminhos é maior do que pode separa-las”, a união por algo maior com a consciência plena que os passos devem ser intensos e sinceros, pois o fim da estrada pode nunca chegar. Por tal razão, obtêm-se ensinamentos a cada instante os quais transformam, tornando o coração livre para ouvir as inspirações e aspirações dos mundos e reconhecer a importância da alma.


Desejo ser como o coração da vida no qual converge e faz fluir a sabedoria dos vários caminhos, onde tudo torna-se um, onde não há ego, nem forma, há apenas Deus a fonte que sacia a alma e da força ao espirito, para isto basta ter o coração livre em busca da totalidade, pois deste modo o homem entendera sua presença e o quanto há ao seu redor, tendo como base o respeito aos vários caminhos, satisfazendo-se no caminhar e desejando compreender a vida, assim expresso o desejo de ser portal para a realização do sonho humano tão desejado.

 
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Que o circulo nunca se quebre

A bem de todos nós

Axé