sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Atlas
E o mundo nas costas

Mesmo em meio ao solitário vazio há vontades
De sorrir um sorriso intimamente falso
De galantear a lua e sorver sua doce luz
De amar amores impossíveis ciente da impossibilidade
De sentir o coração acelerar no gozo involuntário
De provar o fel de cada flor em suas diversas formas
De ver em terra o esplendor do Rei
De falar mentiras aos merecedores do escárnio

Mesmo que isso estigmatize o corpo
Precipitando a razão,
Que logo mostra a entropia dos fatos
Deveras saber que lagrimas de sangue escorreram da janela da alma
Es o preço!

Ainda assim nesta solidão
Será o que é? Perpetuará sua instigação ao desejo?
Por tal ato levantará hordas de espectros, fantasmas e mortos
Para a maravilha ou o horror da contemplação

O que espera encontrar além da dor?

Para aqueles nascidos de um parto retardado ou pré-maturo
Que este deslocamento de tempo, tratou de cravar a linha da vida
Reveja os limites e se estes existem
Pois, além do que não há! Qual a resposta que preencherá o vazio?
Afinal quanto tardará a vender o corpo e esconder a vida?

Então revele a perguntada do âmago das edificações
Onde está encontra-se a pedra fundamental de cada vida?

Lembrai-vos sempre amor está aquém deste nada enfadonho
Além das convenções do senso comum
Encontra-se na luz da verdade do que é
Mesmo que envolto de trevas
É a força que atrai e revela os fatos

Nenhum comentário:

Postar um comentário