sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eco da certeza

Como letras coaguladas e ordenadas,
Formam uma sinfonia esplendidamente sentida?
Por tal conjunção homem e deus guerreia
Eu nem homem, nem deus, agraciado sou em ouvi-la

Nem tão somente os ouvidos captam tal emanação
Está significação ecoa e atinge as mais remotas áreas
As mais mortificadas sensações renascem

Revigora, certifica, congratula

Compreendo assim a guerra dos deuses
Compreendo assim a satisfação dos homens
Como um vicio frenético, um vicio da alma
Deseja-se mais, asseia a próxima dose

Mas está pequenina existência no mar infinito da vida
É viciado em recíproca, no merecer a ter, na justa justiça
Logo há de compreender que a infinidade não gratificará
Nem palavras há de retornar a plena sensação
Somente a retidão e todo o encargo penoso do manter
Tende a ser resposta, tende a ser certeza, tende a ser segurança

Mil, milhões, bilhões e trilhões obrigados
Mesmo pela pantomima dos fatos
Alcançou na simplicidade do sorriso e na desorganizada lógica do pensar
O âmago de algo que caminhava junto aos mortos
Sem saber ao certo o porquê haveria de retornar
Por tal sinfonia justifica-se o brilho e até então toda vida
Gratidões afã

Nenhum comentário:

Postar um comentário